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O Gabinete de José Batlle y Ordóñez

Localizado em frente da casa, no setor mais ensolarado, foi pensado para longas jornadas de trabalho. Possui um dos três fogões a carvão encaixado nas paredes da casa.

O registro de visitas alerta-nos acerca da importância do lugar nas decisões de questões econômicas, politicas e sociais das primeiras décadas do século XX, pelas várias personalidades nacionais e internacionais que Batlle y Ordóñez recebia nesta casa.

Grande parte do mobiliário foi adquirida na Europa e é exemplo dos gostos da burguesia Montevideana da época. O jogo de móveis estilo império do gabinete compõe-se de duas escrivaninhas, cinco poltronas, duas cadeiras, três mesas, espelho, uma aranha e quatro bibliotecas, feitas à medida que contem os livros pessoais de José Batlle y Ordóñez.

Destaca-se sobre a escrivaninha principal o telefone de mesa a magneto, uma particularidade que apenas algumas casas tinham.

O divã que está junto à escrivaninha, provavelmente era o lugar que lhe permitia levar de melhor forma as jornadas de trabalho intenso. A seu lado, na parte inferior da escrivaninha encontra-se uma campainha e outra do lado oposto do móvel, provavelmente utilizadas para comunicar com o pessoal que trabalhava na casa.

O gabinete apresenta algumas esculturas, principalmente oferecidas pelos correligionários ou simpatizantes de suas ideias políticas. Sobre a escrivaninha principal está “O Semeador”, de origem francesa, que representa um labrador espalhando sementes.

Em relação às pinturas e fotografias, tinha sobre as bibliotecas um retrato a carvão de seu padre Lorenzo, quem fora presidente do Uruguai entre 1868 e 1872, de Baltasar Brum também presidente da República (entre 1919 e 1923), e de Juan Bernazza y Jeréz (militar que foi Chefe Político e de Policia de Montevidéu na primeira presidência de Batlle y Ordóñez e ministro da Guerra e Marinha durante a segunda presidência).

 

 

Traducción del español al portugués: Eduardo Rabelino

 

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